quinta-feira, 24 de junho de 2010

As primeiras palavras


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Posso pensar mil vezes em como um beijo pode ser algo tão único, um verdadeiro portal que une duas pessoas em um gesto tão simples e ao mesmo tempo complexo. “Um beijo para duas pessoas” e a vida simplesmente se torna algo tão doce, com um acréscimo de cappuccino. Todas as palavras do mundo em um ato que vai além de sabores e prazeres. E no fim, perdão no começo, estamos no chão, mas flutuando por entre as luzes brilhantes no céu, as “purpurinas”, e tudo o que já foi dito se perde entre as nuvens que tentamos explicar, nuvens que por sua vez, passam claras pelo céu feito aves migratórias.
Nossos momentos compelem-me a descrever o gosto de estar ao lado seu, um sabor intenso e suculento, me sinto mastigar o tempo, e o tempo junto de ti sacia minha fome, minha sede, minha vontade de companhia.
Acho fascinante como se faz até as menores coisinhas ficarem maravilhosas e parecerem tão importantes e cheias de significado. Como se toca lá no fundo da alma sem o menor esforço e às vezes, acho, até mesmo sem perceber, simplesmente olhando nos olhos do lado oposto aos meus.
Como fosse um inverno frio e longo, podemos ter agora uma coleção de primaveras e Verões lindos e duradouros.
Assim como em um livro interessante e longo, paginas vão se descolando e vamos as descobrindo, é dessa maneira o início, um mistério fervoroso e intrigante que faz querer continuar a ler página por página, somente pra saber como é o final, se é que precisamos sabe-lo agora.


(Por Paula Abreu e Roger Aragão - 17/06/10)


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